Envelhecimento para LGBTQIA+: população aponta desafios e cobra acolhimento

  • 28/06/2025
(Foto: Reprodução)
Neste sábado (28), em meio à celebração do Dia do Orgulho LGBTQIA+, membros da comunidade destacam luta por mais dignidade e apoio na terceira idade. Estudiosos apontam envelhecimento da população LBTQIA+ Envelhecer no Brasil é um desafio para muitas pessoas. Mas, para quem é LGBTQIA+, essa fase pode ser ainda mais solitária, marcada por abandono, falta de políticas públicas, preconceito e invisibilidade. Em entrevista à TV Subaé, afiliada da TV Bahia em Feira de Santana, o professor e pesquisador Luiz Alberto Lima destacou o apagamento vivido por membros da comunidade na terceira idade. Ele aponta a necessidade de ações que garantam apoio emocional, cuidado com a saúde mental e redes de suporte para os idosos. "Toda a estética construída sobre a população LGBTQIA+ está ligada à juventude, à força e à beleza. Envelhecer é doloroso para essa população porque vem acompanhado de solidão, silenciamento e perda daquilo que foi construído ao longo do tempo". Professor e pesquisador Luiz Alberto Lima alerta para o apagamento vivido por pessoas LGBTQIA+ TV Subaé A economista Leila Oliveira, de 47 anos, reforça essa luta. Ela conta que se assumiu lésbica há apenas seis anos. Antes disso, viveu um casamento heteronormativo e enfrentou um processo doloroso ao reconhecer a própria orientação sexual. "Um ano após eu ter me separado, em um processo de meditação, resolvi parar de mentir para mim mesma. Foi aí que comecei a me entender. Chorei durante 15 dias até conseguir aceitar quem eu realmente era e que me trazia alegria em me relacionar com alguém de uma forma completamente diferente", relatou. Atualmente, Leila mantém um relacionamento com outra mulher e já se preocupa com o envelhecimento das duas. "Essas pessoas que sofreram antes de mim estão envelhecendo, então como é que anda o preparo da menor idade para acolher e cuidar dessas pessoas, principalmente os LGBTs que estão em situação de vulnerabilidades social e emocional?", questiona, de forma retórica. Leila Oliveira, de 47 anos, conta que se assumiu lésbica há apenas seis anos TV Subaé Entre os principais problemas enfrentados pela população LGBTQIA+ idosa estão: falta de rede de apoio familiar ou institucional; barreiras no acesso à saúde; preconceito dentro dos próprios serviços públicos; solidão e isolamento social. Essas dificuldades são agravadas por questões como etarismo, que é o preconceito contra pessoas mais velhas, e por um histórico de discriminações acumuladas ao longo da vida. Neste 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIA+, essas pessoas reforçam que o orgulho vai além das celebrações. É um símbolo da luta por respeito, dignidade e políticas públicas. União como ato de amor e resistência O casal Valterney Morais, de 51 anos, e Luiz Alberto Oliveira, 67, vive junto há 31 anos. Também em entrevista à emissora, eles contam que, no início da relação, era difícil se assumir publicamente e que usavam o termo “caso” para se referir um ao outro. “Valterney é a minha vida, meu oxigênio. Acho muito difícil casais heterossexuais terem a intensidade e o respeito que temos. Com ele, ganhei na mega-sena”, destacou Luiz, emocionado. Luiz e Valterney vivem em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. A união foi oficializada em 2013, após o Supremo Tribunal Federal (STF) regulamentar o casamento homoafetivo no país. “Alguém pensa em como é difícil se amar por mais de 30 anos e ainda não poder andar de mãos dadas na rua? Então, temos orgulho de dizer que nunca mais vamos esconder e negar quem nós somos”, completou Valterney. Luiz Alberto Oliveira, de 67 anos, e Valterney Morais, 51, vivem junto há 31 anos TV Subaé O número de casais homoafetivos que oficializam a união tem crescido na Bahia. Em 2024, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) contabilizou 835 casamentos LGBTQIA+ no estado — o maior número desde que o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo foi regulamentado. Para a Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg), esse crescimento é um reflexo de fatores práticos, como a retomada pós-pandemia, e a maior conscientização sobre os direitos da comunidade. Além disso, a entidade pontua que os cartórios passaram a oferecer atendimento mais humanizado e respaldado por fundamentos jurídicos, o que também pode ter impulsionado a busca pelo serviço. LEIA MAIS: Primeira vez: Ju Moraes e outros famosos LGBTQIA+ relatam suas jornadas até a liberdade de expressar afeto em público Eu Te Explico #139: orgulho e luta da comunidade LGBTQIA+ contra o preconceito e a violência Cresce número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil, aponta levantamento Veja mais notícias de Feira de Santana e região. Assista aos vídeos do g1 e TV Subaé 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/feira-de-santana-regiao/noticia/2025/06/28/envelhecimento-para-lgbtqia-populacao-aponta-desafios-e-cobra-acolhimento.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 10

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

top6
6. Deus de Promessas

Davi Sacer

top7
7. Caminho no Deserto

Soraya Moraes

top8
8.

Midian Lima

top9
9. Lugar Secreto

Gabriela Rocha

top10
10. A Vitória Chegou

Aurelina Dourado


Anunciantes