Triplo homicídio em Ilhéus: veja cronologia de crime contra mulheres encontradas mortas em praia
27/08/2025
(Foto: Reprodução) Relembre caso das três mulheres assassinadas em Ilhéus, na Bahia; suspeito foi preso
Três mulheres foram encontradas mortas, na tarde de 16 de agosto, em uma área de vegetação, na Praia dos Milionários, em Ilhéus, destino turístico do sul da Bahia.
Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, e Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41 anos, eram amigas, vizinhas e trabalhavam em unidades de ensino da rede municipal. Já Mariana Bastos da Silva, de 20 anos, estudava Engenharia Ambiental e filha de Maria Helena. Todas moravam em condomínios que ficam a 200 metros da praia.
Um homem, identificado como Thierry Lima da Silva, confessou ter matado as três. Ele disse à polícia que agiu sozinho e esfaqueou as vítimas ao tentar assaltá-las.
O suspeito foi detido por tráfico de drogas e, durante a audiência de custódia, admitiu o triplo homicídio. Ele também que relatou que matou o companheiro após uma briga por ciúmes.
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Alexsandra, Mariana e Maria Helena foram achadas mortas após saírem para passear com cachorro na Bahia
Reprodução/Redes Sociais
Confira abaixo a cronologia do crime, desde o momento em que os corpos das mulheres foram encontrados até a confissão do suspeito:
👉 No dia 15 de agosto, Alexsandra Oliveira Suzart, Maria Helena do Nascimento Bastos e Mariana Bastos da Silva saíram para passear com o cachorro de estimação de uma delas, na Praia dos Milionários, em Ilhéus.
👉 Câmeras de segurança instaladas em barracas da localidade registraram o momento do passeio. Nas imagens, é possível ver as vítimas lado a lado, enquanto caminhavam pela areia. Tutora do cão, Mariana segurava a coleira do animal.
👉 As três chegaram a cruzar com outras duas pessoas que se exercitavam na praia, e seguiram em frente. Depois disso, elas sumiram e foram encontradas mortas no dia seguinte.
👉 As mortes motivaram pelo menos três protestos com pedidos de justiça na cidade. As mobilizações foram pacíficas e contaram com a presença de policiais militares.
👉 Na tarde de 17 de agosto, em Ilhéus, dezenas de mulheres vestidas de branco caminharam pela BA-001, perto da praia onde as mulheres foram encontradas mortas, com cartazes com frases como "Parem de nos matar" e "Calaram três de nós".
👉 No dia seguinte, em 18 de agosto, um grupo de pessoas foi às ruas novamente para cobrar celeridade nas investigações do caso. No mesmo dia, a Polícia Civil informou que analisou imagens de câmeras de segurança de pelo menos 15 estabelecimentos comerciais próximos ao local onde os corpos foram achados.
👉 Ainda no dia 18, a subseção estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), enviou um ofício cobrando providências imediatas contra a violência na cidade de Ilhéus, considerada a oitava mais perigosa da Bahia pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
👉 No dia 19 de agosto, peritos do Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT) voltaram ao local onde as vítimas foram encontradas mortas, para tentar encontrar a arma do crime e outros elementos que possam auxiliar nas investigações. Os profissionais vasculharam a área de mata, com o apoio da Prefeitura de Ilhéus e da Polícia Militar.
👉 No dia 20 de agosto, centenas de pessoas participaram de um terceiro ato público, pelo fim da violência contra a mulher.
👉 Autoridades discutiram o reforço da segurança na cidade de Ilhéus, durante reunião realizada em 21 de agosto. O encontro aconteceu no Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) em Salvador. Participaram o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, a vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputada Fátima Nunes, e vereadores da cidade.
👉Em 23 de agosto, a TV Bahia apurou que as facadas nas mulheres mortas tinham o mesmo padrão, nos pescoços das três. Elas também foram feridas com cacos de vidro.
👉 No último domingo (24), a Polícia Civil informou que quatro pessoas foram interrogadas e passaram por exames periciais, como análise genética, confronto de digitais e exames de lesões. Os nomes dos interrogados não foram divulgados e eles foram liberados após prestarem depoimento. Eles são considerados suspeitos.
👉 Um dia depois, na segunda (24), um homem confessou ter matado as três mulheres, disse à polícia que agiu sozinho e esfaqueou as vítimas ao tentar assaltá-las.
👉 Thierry Lima da Silva, de 23 anos, foi detido por tráfico de drogas e, durante a audiência de custódia, confessou ter participado do assassinato.
👉 Segundo a Polícia Civil, o homem já era investigado pelo triplo homicídio por viver em situação de rua, ser usuário de drogas e se enquadrar no perfil indicado desde o início: andarilho, viciado em entorpecentes e suspeito de roubo, furto e tráfico. Ele também admitiu ter matado o companheiro após uma briga por ciúme.
👉 No interrogatório ao qual o g1 teve acesso, ele afirmou que arrastou uma das vítimas pelo braço, utilizando uma faca, com a intenção de cometer um roubo. Em seguida, foi surpreendido pelas outras duas mulheres, que tentaram intervir e acabaram atacadas. O suspeito contou que estava sob efeito de drogas e roubou R$ 30 das mulheres.
👉 Thierry detalhou o modo como esfaqueou as vítimas, mas, por respeito aos familiares das vítimas, o g1 não vai expor a descrição do crime. O homem contou que, durante a ação, havia barulho de festa e jogo de futebol nas proximidades, o que, na avaliação dele, impediu que outras pessoas ouvissem os gritos dela.
👉 Após o triplo homicídio, Thierry contou que saiu do local e se deslocou até a região do Pontal, onde dormiu em uma praça. Ele disse ainda que queimou a bermuda manchada de sangue.
👉 Quanto ao cachorro, o suspeito admitiu que o amarrou em um coqueiro, próximo aos corpos das três mulheres, "porque não tinha interesse" em levar o animal..
👉 Mesmo após a confissão de Thierry Lima da Silva, a Polícia Civil informou que as investigações seguem, a fim de localizar e identificar outros possíveis suspeitos de envolvimento no triplo homicídio.
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Arte/g1
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